Este trabalho defende a Didática que se baseia em uma visão crítico-dialética da sociedade e da educação, em busca da superação das desigualdades sociais e da emancipação humana. Acredita que o conhecimento é sempre inacabado, em permanente transformação; todo ser humano é capaz de produzir conhecimento e todo conhecimento tem por base um saber já existente. Partindo dessas premissas, este texto apoia-se na Didática crítica e nos Estudos Culturais que trazem à baila a problemática da relação entre sujeitos, identidades e cultura, encontrando na obra de Paulo Freire subsídios para compreender o papel da cultura no reconhecimento dos sujeitos e suas identidades. Possui como fundamentação teórica nuclear Freire e contribuições de autores – Chauí, Hall, Candau, Pontes e Pimenta – que discutem essa temática na área social, filosófica, educacional e da Didática. A metodologia da pesquisa é de cunho qualitativo e compreendeu um estudo bibliográfico. A pesquisa identificou que Freire considera a cultura do oprimido como base para sua identidade e como um conhecimento de grande valor. A partir desse saber feito de experiência, promove, junto com esse sujeito, um processo de educação da consciência crítica que se emancipa. A pesquisa conclui refletindo que a cultura é elemento fundante, é ponto de partida e de chegada para a transformação social empreendida pelo sujeito que se liberta, por meio de sua própria Didática.