Este painel apresenta três pesquisas que investigam aspectos da Educação Especial Inclusiva com destaque para o trabalho e função docente. O primeiro estudo busca compreender as concepções de 179 docentes da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal sobre a inclusão escolar e os sentidos de humanização nesse processo. Para análise categorial e pesquisa bibliográfica, fundamentou-se em Marx, Vigotski, Gramsci e Melo. Identificou-se quatro categorias principais: acolhimento no contexto da socialização, acolhimento nas relações afetivas, modelo médico-biológico com foco no diagnóstico e modelo social da humanização afetiva com caráter científico. O segundo artigo apresenta uma pesquisa sobre o trabalho docente na Educação Especial no Distrito Federal, fundamentada em Marx, Lukács, Vigotski, e Leontiev, explorou a dialética de satisfação e sofrimento entre sete professoras, mostrando que, apesar do reconhecimento social e gratidão das famílias, as docentes enfrentam desvalorização, desafios na implementação de políticas inclusivas em condições de trabalho precarizadas. A análise ressalta a importância de políticas educacionais que valorizem e apoiem os professores da Educação Especial. Adicionalmente, uma análise de comentários de pais e professores em uma postagem no Instagram, fundamentada em Garcez & Ikeda, Kassar, Mantoan. Revelou-se os sentidos atribuídos à inclusão escolar, divididos em: percepções de pais e parentes, percepções de docentes e desafios da inclusão, destacando a necessidade de troca de perspectivas e soluções colaborativas. As categorias analisadas nos três estudos refletem as contradições entre alienação e emancipação na função docente e a necessidade de uma abordagem inclusiva que equilibre as dimensões biológica, médica e cultural.