O presente painel articula três produções baseadas em práticas pedagógicas insurgentes na educação básica tendo a justiça social como horizonte. O primeiro trabalho produz uma reflexão sobre as possibilidades didáticas na educação matemática. Relaciona-se o conteúdo de frações com situações do cotidiano e ensinar a partir delas, revelando os significados que delas emanam e aproximando os alunos da matemática ou a matemática dos alunos, numa relação de aprendizagem amistosa, prazerosa e significativa. O segundo trabalho afirma e reafirma que a prática docente é permeada de saberes-fazeres e que a pesquisa é condição necessária para a produção do conhecimento escolar. Disputa-se os sentidos de ensinar-aprender significando os sentidos de uma educação plural e insurgente. A insurgência é criativa, por isso mesmo, deve ser provocativa, comprometida com a política de superação das desigualdades socioeducacionais articulando gênero, sexualidade, raça/cor, território, religiosidade, ou seja, compreendendo uma educação crítica. Por fim, o terceiro trabalho aborda as desigualdades sociais a partir dos espaços de privação de liberdade quando os direitos básicos das mulheres deixam de ser garantidos, devido à precarização dos serviços oferecidos a elas. Soma-se a isso, no entanto, a própria condição de desigualdade presente no contexto social do qual a maioria das participantes é originária e, ainda, pela própria condição de ser mulher em uma sociedade que ainda tenta superar o machismo. Por fim, o presente painel propõe uma discussão em torno das experiências didáticas, disciplinares e práticas de ensino em diferentes cotidianos trazendo a pesquisa e suas possibilidades como eixo articulador para pensar e repensar a escola, os saberes-fazeres docentes e discentes.