O presente trabalho tem como objetivo discutir a oferta dos itinerários formativos na reforma do Ensino Médio, Lei nº 13.415/2017, na rede pública do estado do Paraná, tema justificado pela necessidade de denunciar a fragmentação da formação dos jovens do Ensino Médio. À luz do método materialista histórico-dialético (Marx e Engels, 1998), este trabalho foi desenvolvido por meio de análise documental e pesquisa bibliográfica, tendo como principais autores Gonçalves (2017), Kuenzer (2017), Moura e Lima Filho (2017), Ferretti (2018), Silva, Possamai e Martini (2020) e Koepsel, Garcia e Czernisz (2020). Os dados analisados, permitem a compreensão de que no âmbito da reforma, no estado do Paraná, a oferta dos itinerários formativos acentua duas questões: i) a insuficiência de recursos estruturais e de pessoal para oportunizar a “escolha” dos alunos pelo itinerário formativo de seu interesse; ii) a implantação da Parte Flexível Obrigatória (PFO), um conjunto de unidades curriculares obrigatória a todos os estudantes do Ensino Médio, independente do itinerário formativo escolhido. Essas questões demonstram que alterações propostas pela reforma do Ensino Médio, trazem em sua essência o acirramento pela disputa do currículo e da formação jovens, que atendendo a lógica do capital, acentua a formação para o atendimento das demandas de mercado.