O PRESENTE ARTIGO TEM COMO OBJETIVO PRINCIPAL DISCUTIR ALGUMAS QUESTÕES QUE TECEM AS ESTREITAS RELAÇÕES ENTRE EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E TRANSPORTE PÚBLICO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO MAIS ESPECIFICAMENTE A PARTIR DA PRÁTICA DO CALOTE REALIZADA POR JOVENS ESTUDANTES NO USO COTIDIANO DO PRINCIPAL MODAL DESTA CIDADE: O ÔNIBUS PÚBLICO. PARA A REALIZAÇÃO DESTE OBJETIVO PROPOSTO, A MEMÓRIA EMERGE COMO UM POSICIONAMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO NECESSÁRIO E POSSÍVEL CAPAZ DE TENSIONAR ALGUMAS DICOTOMIAS E HIERARQUIAS IMPLÍCITAS QUE REGULAM A PRÓPRIA EDUCAÇÃO COMO, POR EXEMPLO, TEORIA X PRÁTICA, PROFESSOR X ESTUDANTE E ESCOLA X SOCIEDADE. NECESSÁRIO POR SUA UBIQUIDADE, OU SEJA, POR ENTENDER A MEMÓRIA COMO UM CONHECIMENTO VIVO, TECIDO NO COTIDIANO DAS MAIS DIFERENTES PRÁTICAS SOCIAIS, DENTRE AS QUAIS DA PRÓPRIA EDUCAÇÃO. E POSSÍVEL POR SUA AMBIVALÊNCIA, OU SEJA, POR APRESENTAR-SE, JUSTAMENTE ENQUANTO UM CONHECIMENTO VIVO E TECIDO NO COTIDIANO DAS MAIS DIFERENTES PRÁTICAS SOCIAIS, COMO UMA ARENA DE SENTIDOS EM PERMANENTE DIALOGIA E DISPUTA. ASSIM, E CONFORME DISCUTIREMOS NO DECORRER DAS PRÓXIMAS PÁGINAS, NA DIALOGIA E DISPUTA QUE TECEM A MEMÓRIA DE CHICO (UM QUASE CALOTEIRO), O CALOTE EMERGE COMO UMA PRÁTICA INTERSUBJETIVA. UMA PRÁTICA CAPAZ DE REALIZAR UM CONTRAPONTO BASTANTE FÉRTIL COM A HEGEMONIA DE UMA LÓGICA FUNCIONAL DO TRANSPORTE PÚBLICO, COM AS DIFERENTES NECESSIDADES COTIDIANAS DESTES MESMOS JOVENS ESTUDANTES (COMO ALIMENTAÇÃO, DIVERSÃO E CULTURA, POR EXEMPLO) E COM MOVIMENTOS SOCIAIS QUE HISTORICAMENTE LUTAM CONTRA ESTA MESMA FUNCIONALIDADE.