Este artigo discute os distanciamentos da BNCC em relação às questões de Gênero, que faz parte das novas abordagens da educação no Brasil hoje, e analisa a influência do setor econômico, que afeta diretamente os programas curriculares educacionais nas sociedades ditas capitalistas no mundo ocidental. O modelo neoliberal propõe uma educação com ênfase a formação técnica, com pessoas aptas às funções do mercado de trabalho, e se torna apática a questões de cunho subjetivo, cultural, e humano. Diante disso, as ciências sócio-históricas antropológicas, posicionam-se frente a esse modal da \"educação econômica\", que tem levado a reformulação dos currículos da educação básica, em especial a Base Nacional Comum Curricular, que busca promover mudanças na formação dos estudantes enfatizando as habilidades profissionais técnicas, sob influência das grandes potências globais. Para aprofundamento das questões de gênero, neoliberalismo e currículo algumas vozes teóricas se apresentam neste escrito, tais como: BAUMAN (1999), BEAUVIOR (1949), BUTLER (1990), FREIRE (1997), LOURO (2004) ROMANELLI (2012), SILVA (2007), entre outros, que reverberam um diálogo acerca de como nos apresentamos para si mesmo para o outro em nossa forma de ser e existir, e como o mercado econômico interfere na construção do currículo escolar, que por vezes enxerga o aluno como um mero banco para depósito do saber, desconsiderando sua cultura, seu gênero e sua singularidade.