A leitura vai muito mais além de ser algo escrito, uma ação, ou até mesmo uma atitude metodológica de leitura. O ato de ler consegue despertar sentimentos e emoções e possivelmente transformar pensamentos, portanto, é fundamental ao longo do desenvolvimento humano fazer o uso desse hábito. Desse modo, a leitura é uma prática extremamente importante para desenvolver o raciocínio, o senso crítico/reflexivo e a capacidade de interpretação e compreensão de pensamento. Este artigo tem por objetivo principal analisar os construtos histórico-culturais de emoção e vivência a partir da leitura de Cartas a D., de André Gorz (2018). Para atingir ao objetivo pré-estabelecido, tomamos como metodologia de natureza qualitativa e de cunho interpretativo-analítica. Logo, para este estudo, lançamos mãos dos pressupostos teóricos postulados por Proust (1989), Barthes (1985) Martins (1990) acerca do processo da leitura e do prazer do texto literário e no tocando ao construto da vivência e emoção nos ancoramos nos pensamentos críticos de Toassa (2011), Damásio (2004) e Vigotski (1994 1999 e 2001). A análise mostra que a leitura está intimamente ligada às vivências interiores e exteriores da humanidade, pois é de suma importância aprender a ler a partir de um contexto, seja ele pessoal ou social, porque tudo isso nos leva a desenvolver a leitura, e a nossa memória desde os nossos primeiros contatos com o mundo, torna o ato de ler e escrever essencial para a vida. Portanto, a leitura nos dá liberdade, pois é um grande instrumento de comunicação de relações humanas, o aprendizado ele é solitário, mas a educação vem por meio da convivência com os outros e experiências vividas.