Fundamentada na Lei nº13.415/2017, a reforma do ensino médio provocou alterações curriculares e a reorganização de escolas por todo o país, a partir do ano letivo de 2022. Determinando a composição do ensino médio pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, ela desobrigou a presença dos componentes curriculares tradicionais como disciplinas específicas, com exceção da Língua Portuguesa, Matemática e Língua Inglesa. Sendo assim, a Sociologia, disciplina já precarizada pelo pouco tempo de obrigatoriedade no ensino médio, têm aparecido de maneira distinta nos currículos dos diferentes estados e sistemas de ensino. Na rede pública estadual do Rio de Janeiro, permaneceu apenas na grade curricular do terceiro ano, fazendo com que os professores de Sociologia passassem a assumir outras disciplinas, não necessariamente associadas à sua área de formação. Os relatos de experiência apresentados nesse trabalho descrevem esse contexto através de narrativas pessoais de três professoras de Sociologia que têm enfrentado os desafios e dificuldades do novo currículo.