O texto descreve a nossa experiência como professores residentes durante um Conselho de Classe na Escola Estadual Dom Pedro II. Durante a reunião, os professores decidiram parte do futuro discente, a partir de notas, comportamentos e questões pessoais, revelando uma realidade que nunca havia sido vivenciada por nós. Buscamos refletir sobre as possíveis razões que levam docentes a tratar discentes de maneira inóspita, ao tentar entender o caminho percorrido por professores mais experientes. A partir daí, nos apoiamos no artigo de Carmen Lúcia Guimarães de Mattos, que analisa o ensino público do Rio de Janeiro e acompanha duas turmas da quarta série do Ensino Fundamental, suas professoras e os Conselhos de Classe. O texto também aborda a falta de abertura para discussões sobre as práticas pedagógicas de professores e a importância de considerar as competências gerais da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para desenvolver uma ação mais condizente com as práticas pedagógicas contemporâneas. Por fim, o texto enfatiza a necessidade de não depositar somente em discentes a responsabilidade pelo fracasso escolar, mas, sim buscar soluções que contemplem todos as pessoas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem: discentes, familiares e docentes, entre outro(a)s educadores da escola, vem como o sistema de ensino vigente.