Neste relato, aborda-se a importância das metodologias ativas e do uso de jogos didáticos no ensino de Ciências da Natureza, visando estimular o pensamento crítico e a autonomia dos estudantes. Além disso, destaca-se o papel das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação, bem como a necessidade de tornar os jogos educativos mais inclusivos. O estudo concentra-se em uma turma de 8º ano de uma escola estadual, cujos estudantes possuem peculiaridades, incluindo baixo letramento e falta de acesso a dispositivos eletrônicos. Portanto, os jogos foram concebidos de forma acessível, utilizando jogos tradicionais como ferramenta avaliativa para os tópicos de sistema nervoso e urinário, alinhados com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O jogo sobre o sistema nervoso envolveu a divisão da turma em dois grupos, com questões escritas no quadro e respostas em cartões coloridos. No sistema urinário, o jogo foi individual, com uma cruzadinha. A avaliação considerou não apenas a quantidade de respostas corretas, mas também o comportamento dos estudantes durante a atividade. Os resultados mostraram que respostas mais simples, como verdadeiro/falso ou uma única palavra, eram mais propensas a erros. Contextos mais elaborados facilitaram as respostas. O estudo conclui que abordagens práticas e simples podem ser uma alternativa para superar a falta de recursos tecnológicos nas escolas públicas, enfatizando a importância do ensino contextualizado para uma compreensão mais eficaz por parte dos alunos do ensino fundamental.