Este artigo apresenta algumas inquietações acerca da presença de refugiados no contexto educativo no município de Florianópolis. Com o surgimento de novas dinâmicas étnico-raciais emerge a necessidade de analisar, de forma crítica, a inclusão destes estudantes e a mediação dos conteúdos curriculares do ensino de artes. Compreendemos o ensino de arte na perspectiva de Vasquez (1978) enquanto possibilidade para pensar a mediação dos conteúdos artísticos relacionados a temática do refúgio, somando a função revolucionária do ensino de arte posta por Lukács (1972), para elaboração de um ensino de arte crítico. Nos ancoramos nos pressupostos marxistas para tecer um diálogo a partir das contribuições da Matriz para Educação das Relações Étnico-Raciais (2016), considerando a necessidade de problematizar a perspectiva atual de inclusão destes sujeitos no espaço escolar.