A inclusão escolar vem se legitimando historicamente. Atualmente, duas grandes conquistas que fortalecem a educação inclusiva são a garantia do segundo professor quando há aluno com deficiência e o Atendimento Educacional Especializado (AEE). No município de Criciúma/SC, para ocupar esse cargo, é necessário estar cursando licenciatura ou Psicologia. Porém, com a escassez desses acadêmicos, o município contrata alunos do Ensino Médio. Mas o valor salarial é um fator a se considerar. Nas discussões do sub-grupo inclusão do Programa Residência Pedagógica do curso de pedagogia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, essa era uma das preocupações mais frequentes. Estes residentes atuam no AEE de uma escola da rede municipal de Criciúma. Haja vista, acharam pertinente realizar formações com os monitores de classe, a fim de pensar e discutir sobre as deficiências, práticas pedagógicas e manejo.Os acadêmicos pesquisaram, planejaram e produziram materiais para a realização das formações. As discussões foram muito significativas pois os monitores sentiram-se muito livres para expor suas experiências, angústias e possibilidades. Considera-se que esses momentos de formação são fundamentais para compartilhar e ressignificar saberes e práticas, e o profissional do AEE pode ocupar esse lugar de um professor pesquisador e formador dentro da escola. Junto disso, não devemos esquecer que a luta pela inclusão escolar e social não se faz apenas na escola, mas também no campo político, no enfrentamento do que está posto.