Este trabalho relata uma experiência no Programa de Residência Pedagógica da Universidade Federal do Pará, focando em práticas corporais com ênfase na temática étnico-racial, em conformidade com a Lei 11.645/08. O objetivo central do exposto é compartilhar a experiência de ensinar jogos de matriz africana e indígena nas séries iniciais do Ensino Fundamental. O trabalho adota fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica e da abordagem Crítico-Superadora. Ele se desdobra em cinco momentos pedagógicos, incluindo a análise da realidade dos alunos, a problematização da invisibilidade desses jogos, a instrumentalização dos jogos, a catarse e a prática social. A intenção é destacar o protagonismo dos povos indígenas e afro-brasileiros na cultura nacional e desafiar visões preconceituosas sobre suas práticas corporais. Enfatizamos a importância de ensinar esses jogos, promovendo o reconhecimento e valorização das culturas afro-indígenas. Através das intervenções sistematizadas, os alunos começam a identificar jogos de origem africana e indígena. Além disso, destacamos a necessidade de incorporar esses conteúdos de forma crítica e interdisciplinar ao longo do ano letivo. A culminância desse trabalho foi a 1ª Mostra de jogos Afro-Indígenas, resultado de um trabalho interdisciplinar com os professores da escola. O Programa de Residência Pedagógica tem sido valioso para o desenvolvimento pessoal e profissional dos envolvidos. Ressaltamos que o jogo é fundamental na infância, promovendo o desenvolvimento cognitivo e a consciência das escolhas. Portanto, ensinar jogos é uma maneira eficaz de promover a educação crítica e a valorização das culturas afro-indígenas, contribuindo para o crescimento sociocultural dos alunos.