A esquizofrenia é uma doença mental crônica a qual desencadeia sintomas que podem ocorrer com gravidade variável em diferentes pacientes. Afeta cerca de 0,6% da população. A causa dessa enfermidade ainda é desconhecida. Alucinações, delírios, apatia, desmotivação pelas atividades diárias, déficits cognitivos, são alguns dos sintomas que esses pacientes podem apresentar. O tratamento do paciente idoso esquizofrênico se torna mais complexo, em virtude de muitas vezes o mesmo está fazendo uso de medicamentos para tratar outras enfermidades. O objetivo desse estudo foi realizar um levantamento bibliográfico acerca do uso de antipsicóticos em idosos com esquizofrenia e as características particulares da esquizofrenia presentes nessa faixa etária. Para tanto, foi feita uma revisão sistemática. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed e Science direct utilizando os descritores “Schizophrenia”, “Elderly”, “Antipsychotics” com operador booleano AND. Foram incluídos trabalhos escritos em português ou inglês, publicados nos últimos cinco anos. Antipsicóticos de segunda geração amplamente prescritos foram olanzapina e quetiapina, enquanto relativamente menos indivíduos receberam aripiprazol e clozapina. Os antipsicóticos de primeira geração utilizados foram clorpromazina, trifluoperazina e haloperidol. Em termos de adesão à terapia, a paliperidona foi associada a menos abandonos. A olanzapina foi superior ao haloperidol em sintomas gerais e sintomas negativos, e foi associada a menos desistências do que a risperidona. O acompanhamento farmacoterapêutico e interação entre os profissionais é determinante para o controle adequado dos sintomas da psicose e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida para o paciente. Além de prevenir e/ou reduzir eventuais Reações Adversas aos Medicamentos (RAMs) associadas aos psicotrópicos que podem ser graves, principalmente em idoso. Portanto, compreender os principais antipsicóticos utilizados no paciente idoso e as características dessas drogas é uma importante ferramenta utilizada para aumentar a adesão ao tratamento, otimizar a eficácia terapêutica e minimizar as RAMs.