A pandemia da COVID-19 fez emergir, simultaneamente, uma pandemia de sofrimento e adoecimento mental. Exigindo que as instituições e profissionais de psicologia precisassem se adaptar de acordo com as recomendações dos órgãos competentes (Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, Conselho Federal e Regionais de Psicologia). Esses ajustes se fizeram essenciais no que concerne a assistência à pessoa idosa, por este ter sido considerado um grupo de risco. Diante disso, esse estudo trata-se de um relato de experiência que teve como objetivo descrever o funcionamento da assistência psicológica individual no contexto ambulatorial-hospitalar à pessoa idosa, oferecida pelo serviço de psicologia em hospital de referência em Pernambuco. Trata-se de um relato de experiência vivido no primeiro semestre do ano de 2021, no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa em Recife/PE, Brasil, que busca refletir sobre a implementação sistêmica de ações e serviços para a população idosa, considerando uma linha de cuidado integral, humanizada, e com qualidade garantida dentro das normativas legais vigentes no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a construção do RE foram consideradas algumas etapas, a saber: a) compreensão do RE enquanto produção documental; b) participação ativa de pelo menos um dos(as) autores no contexto da experiência; c) discussão das vivências de maneira que proporcione reflexões teórico-práticas; d) construção de escrita analítica acessível, situando os aportes teóricos utilizados, através da presença dialógica entre saberes científicos e não científicos; e) apresentação das conclusões sinalizando contribuições e lacunas existentes sobre a experiência relatada. Para isso, foram construídas três categorias na discussão, a saber: “Desafios da assistência”, “Escuta(dor) dos(as) idosos(as)”, “Escuta(dor) da equipe”. Nesse artigo são relatados os principais avanços e fragilidades, enfatizando a relevância de uma prática que considere a dimensão psicossocial do envelhecimento, além de tensionar o papel do Estado no processo de efetivação das políticas públicas.