O envelhecimento populacional é uma realidade mundial, nacional e local, demandando políticas públicas e serviços voltados para atender as necessidades desse público alvo, bem como estudos e pesquisas que contribuam para compreender melhor esse processo. Além disso, o processo de envelhecimento é um fenômeno natural e comum para todos(as). No entanto, a forma que o vivenciamos está atravessada por diversas questões, comportando uma dimensão interseccional. O objetivo deste trabalho é relacionar a discussão acerca das múltiplas velhices, educação popular e interseccionalidade. Os conceitos de interseccionalidade são imprescindíveis para se compreender as múltiplas velhices existentes. Assim, traremos uma breve explanação sobre as categorias velhice, interseccionalidade e educação popular, entrelaçando a discussão sobre o acesso à educação pela população velha, considerando as dimensões de gênero, classe e raça. Para tanto, realizamos uma pesquisa de natureza qualitativa, a partir de levantamento bibliográfico e documental. Os resultados apontam para os maiores obstáculos no acesso à educação formal, especialmente para velhos e velhas negros e mais vulneráveis economicamente. Consideramos a educação popular como espaço de resistência possível, frente a realidade, principalmente quando pensamos no diálogo interseccional e como esta pode ser uma forma de reparo. Como também, um espaço de resistência e múltiplos saberes, sobretudo direcionado aos(às) velhos(as) que cotidianamente resistem.