As residências universitárias representam um meio de acesso para muitos estudantes cursarem o ensino superior. As diversidades encontradas pelos sujeitos nesse contexto nem sempre são harmoniosas e podem desencadear situações de conflito. Com os programas estudantis em esfera nacional, houve uma ampliação e transformação das residências universitárias, todavia, estudos que analisam as particularidades deste contexto social não são tão expressivos. Assim, para conhecer de forma mais ampla e aprofundada a sistemática vivida nesse contexto, a presente pesquisa buscou investigar o quanto os estudantes que residem em moradias estudantis da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG estão vivenciando divergências ou situações desencadeadoras de conflitos e quais suas principais motivações. Para isso, foi realizada uma pesquisa exploratória através da aplicação das: Escala de conflito em moradia estudantil (ECME), além de um questionário sociodemográfico. Foram constatados um maior nível de conflitos no domínio institucional e por sujeitos do sexo masculino com maior tempo de permanência na moradia; especialmente, no campus do interior. A maioria dos conflitos eram motivados por falta de atividades, estruturas precárias, falta de higiene, dentre outros. Logo, destaca-se a relevância da incorporação de políticas que estruturam as residências universitárias além de um histórico apenas assistencialista, mas que proporciona políticas institucionais nas universidades para atuar de forma cooperativa na qualidade de vida e na convivência dos estudantes nas residências.