Este artigo tem como objetivo compreender o papel ativo do componente curricular Geografia para a Educação Ambiental e para o Consumo. Como metodologia, foi feita uma pesquisa documental com a análise de conteúdo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) e dos Mapas de Foco da BNCC. A Geografia não pode ser considerada apenas uma ciência humana, juntamente com a História, conforme consta na BNCC. A Geografia é uma ciência híbrida, com dois polos: um humano e social; e outro físico e ambiental. Esse polo da Geografia Física e Ambiental torna a Geografia uma ciência da natureza, mais exatamente uma Geociência, Ciência da Terra. Portanto, esse componente curricular deveria estar também inserido nas ciências da natureza da BNCC, em conjunto com o componente Ciências. Nesse sentido, o polo Físico e Ambiental da Geografia está associado diretamente com a unidade temática Natureza, Ambientes e Qualidade de Vida. Esta unidade dialoga com a unidade temática Terra e Universo do componente Ciências. Nesse contexto, a Geografia torna-se uma ciência da natureza essencial para o desenvolvimento, no Ensino Fundamental, do método STEAM, que une Ciência (Science), com Tecnologia, com Engenharia, com Artes e com Matemática, em consonância com a Pedagogia Baseada em Projetos ou em Problemas (PBP), como por exemplo nos estudos do meio. O componente Ciências, na BNCC, propõe a investigação científica a partir de quatro fases - definição de problemas; levantamento, análise e representação; comunicação; e intervenção - que podem ser utilizadas pela Geografia, especialmente em um projeto de estudo do meio para solução de um problema. Esse é um possível caminho para um papel ativo da Geografia na Educação Ambiental e na Educação para o Consumo, dentro do tema transversal Meio Ambiente.