O objeto dessa comunicação é a representação da imagem ou figura da/o professor/a leiga/o em romances da literatura brasileira sob a ótica dos períodos da história da educação no país. Para tanto, iremos ressaltar seu discurso, sua didática, sua trajetória de vida e os princípios norteadores da profissão nos idos do Império brasileiro até a contemporaneidade, a saber: “Til”, de José de Alencar; “Abdias”, de Cyro dos Anjos; “O Professor”, de Cristóvão Tezza etc. A literatura pode oferecer para a história uma representação do estado da humanidade num determinado tempo, memória em determinada localidade, segundo preceitos de Halbwachs (1990). Costumes, opiniões, afetos, desavenças, homens e mulheres, crianças, um e outro sexo ou gênero; efeitos privados dos acontecimentos públicos (que com mais propriedade se dizem históricos). Sempre perscrutando o referencial teórico do dialogismo e da polissemia e observando que palavra é o território comum do locutor e do interlocutor das várias vozes interligadas nos mencionados romances, consideraremos que tais personagens “preparando” suas aulas, praticando o processo didático-pedagógico diárIo, sua abordagem no incentivo e na orientação do aprendizado pelos alunos, passando por seu foro íntimo e ressaltando a concepção de um/a profissional inseridos nos problemas individuais (e coletivos) de um país desde o sistema rudimentar do exercício do ato de ensinar (da obra de Alencar) até a homenagem que um professor universitário possa receber (explicitado na obra de Tezza). A presente comunicação, baseada nos preceitos teóricos, literários e pedagógicos de KLEIMAN, A. (1995) ,CANDIDO (2011) e SOARES, M.(1998-b), é produto e parte integrante do projeto de pesquisa “A Figura Do Professor Na Literatura Brasileira - Primeiros Momentos” (2015 - Atual) bem como das experiências do professor frente às aulas.