O presente artigo analisa a historicidade da Casa das Minas a partir das relações étnico-raciais referentes à troca entre africanos e brasileiros, destacando os resultados dessa ligação na contemporaneidade. Por conseguinte, um ponto crucial é a afro-religiosidade e o sincretismo religioso presentes na Casa, o que torna os voduns e os santos oriundos do catolicismo essenciais para o estudo da referida pesquisa, expondo a conexão entre eles; para traçar um panorama histórico, torna-se imprescindível contar a história de Nã Agontimé, rainha daomeana e fundadora da Casa em meados do século XIX. Ademais, ver-se-á a relação do centro religioso com a comunidade local da Madre Deus, analisando seu vínculo com os moradores e com os alunos da escola integrada no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), a fim de aplicar métodos de ensino atrelados à realidade cultural dos educandos de modo que aprofunde reflexões, alcance a educação antirracista e a participação da escola no combate à intolerância religiosa e implementação das Leis Federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. A metodologia utilizada para a elaboração do artigo consistiu em uma pesquisa bibliográfica qualitativa baseada na análise dos trabalhos produzidos por estudiosos da Casa das Minas. Assim, observamos a pluralidade dos aspectos históricos, linguísticos e religiosos compreendidos na Casa, além da sua conexão com a Madre Deus, o que nos possibilitou consolidar métodos de ensino vinculadas a essa relação. Por fim, as abordagens de aprendizagem conscientizam e provocam nos alunos o sentimento de pertencimento à comunidade, além de desmistificar estereótipos.