Este artigo explora a importância da inclusão do tema africanidade na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Apresenta o trabalho desenvolvido especificamente com alunos das turmas de 04 anos, 05 anos, 1° e 2° anos, voltado para a utilização da arte como uma ferramenta eficaz para tecer memórias culturais desde cedo. Estudar africanidades brasileiras significa tomar conhecimento, observar, analisar um jeito de ver a vida, o mundo, o trabalho, de conviver e de lutar pela dignidade própria, bem como pela de todos os descendentes de africanos, mais ainda de todos que a sociedade marginaliza. Significa também conhecer e compreender os trabalhos e a criatividade dos africanos e de seus descendentes no Brasil e de situar tais produções na construção da nação brasileira. A metodologia desenvolvida foi executada por meio de: contação de histórias, leitura de imagens, releituras de obras de artistas africanos, arte efêmera, construções de esculturas, oficinas com os professores, oficinas com os pais, uso de materiais alternativos para criação de obras individuais, vídeos acerca do território africano, sua cultura e diversos estilos estéticos, reconhecimento da fauna e da flora do Continente Africano e ainda a culminância em um evento local, chamado de Feira de Sustentabilidade. Como principal resultado, ocorreu a apresentação de um mural fotográfico que abordou o tema da “Cor de Pele”, onde os tons de peles hoje, se destacam em uma caixa de giz cera, composta por 12 cores de tons pele, podendo ir muito além dessa quantidade. A partir desse projeto, foi perceptível a mudança na forma de olhar das crianças, que passaram a entender que o diferente faz parte do cotidiano escolar e que independe do tipo de cabelo, do tom de pele, da cor dos olhos, do tipo de vestuário, de religião, todos convivem de forma harmoniosa.