O presente artigo aborda o aumento significativo no número de matrículas de estudantes com necessidades especiais, indicando uma mudança positiva na educação entre 2014 e 2018. Destaca a crescente confiança dos pais nas instituições de ensino e a quebra de estereótipos relacionados à capacidade desses alunos de aprender assuntos da Base Nacional Comum Curricular. O foco principal do artigo é explorar como a transposição didática pode ser aplicada ao ensino de unidades de medida para estudantes autistas e com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. O texto critica a formação de educadores matemáticos, argumentando que disciplinas como educação em diversidade e libras não abordam adequadamente as dificuldades enfrentadas pelos professores ao lidar com alunos com déficits de aprendizagem. Questiona-se a preparação dos cursos de licenciatura, considerando que muitos preparam os alunos para salas de aula ideais, não abordando devidamente as necessidades de alunos considerados "regulares". A legislação brasileira, especificamente a Lei 13.146, é mencionada como garantia da inclusão social de pessoas com deficiência. O texto destaca a necessidade de os alunos com deficiência atingirem sua potencialidade nos conteúdos técnicos, sendo instruídos sobre seus direitos e deveres. Defende-se que os professores, como mediadores no processo de ensino-aprendizagem, devem adaptar o currículo de acordo com as potencialidades e dificuldades de cada aluno. O artigo busca oferecer conhecimento sobre o perfil dos estudantes com necessidades especiais, enfatizando a importância de reconhecer suas próprias formas de ver o mundo e aprender. Além disso, aborda a relevância da metodologia aplicada pelo professor, questionando se métodos ultrapassados ou materiais manipuláveis seriam mais eficazes. O papel da psicologia na adaptação do currículo e a eficácia dos métodos de avaliação também são questionados.