As primeiras inquietações acerca dessa temática surgiram com o desenvolver do projeto “Profe encontrei um inseto!” o qual proporcionou momentos, vivências e experiências com as crianças que se descobriram pesquisadores, assim como a referência de ter uma professora pesquisadora, que questiona, que desafia e busca solucionar problemas encontrados através de investigação e pesquisa. Neste sentido o objetivo deste projeto foi despertar a curiosidade das crianças, através das vivências e das perguntas desafiadoras ao se colocar como personagem de um pesquisador/investigador, estimulando assim o seu imaginário infantil, que a partir das vivências e experiências de suas descobertas, construímos momentos significativos e sujeitos conscientes. As ações foram fundamentadas em Gouvea (2002), Vigotsky (1996), Bujes (2001), entre outros documentos que legalizam e orientam a educação infantil, como o Currículo de Blumenau que compreende a educação infantil como um espaço/tempo em “que as crianças vivem intensas descobertas, formulam hipóteses sobre as coisas, questionam, desafiam-se, imaginam, fantasiam, inventam e reinventam diversas maneiras de interagir com as pessoas, os ambientes, os espaços e os materiais à sua volta” (BLUMENAU, 2021. p. 39). A metodologia utilizada foi qualitativa, em que todas as vivências foram trabalhadas de forma dinâmica e lúdica, sendo em grande grupo, pequenos grupos e individualmente. Buscamos também momentos com pesquisadores que contribuíram para a experiência das crianças nesse momento. As práticas resultaram na descoberta de se reconhecerem como pesquisadores, que tornou-se parte da identidade coletiva, apontando novos caminhos a serem explorados, na continuidade e amplitude da capacidade do pensamento, dando voz aos seus anseios, tornando cada processo único em um grande enredo, fortalecendo as trocas, através das múltiplas relações interpessoais, buscando sentido para a principal indagação: O que é ser pesquisador?