Este estudo propõe uma análise aprofundada acerca das pichações e grafites espalhados por Aracaju. Uma vez que essas expressões artísticas são formas de expressão cultural presentes nas cidades, que podem ser entendidas como reflexos das dinâmicas sociais, políticas e culturais dos espaços urbanos, sendo utilizadas como ferramentas de resistência, protesto e construção de identidades coletivas. Dessa forma, buscamos explorar como a juventude sergipana que ocupa os centros urbanos produz seus valores através da pichação e do grafite. Essa abordagem é de grande importância, uma vez que esse tipo de manifestação artística baseia-se na transgressão da lógica hegemônica conservadora que permeia as cidades. Sob essa perspectiva, analisaremos de que maneira essa cultura urbana produz críticas às violências sofridas pela população negra e periférica, visando compreendê-las como ferramentas de resistência e mobilização política por esses grupos marginalizados. Sendo assim, a metodologia deste trabalho tem foco em entrevistas com artistas sergipanos, bem como uma análise meticulosa das intervenções que circulam pelos bairros de Aracaju. Por fim, este estudo é de suma importância para os estudantes que estão participando da pesquisa, já que trabalharemos a interseção entre arte urbana e questões sociais, oferecendo descobertas valiosas sobre como práticas artísticas podem servir como ferramentas de resistência e transformação social. Este trabalho é uma parceria entre estudantes de Ciências Sociais da UFS, com os alunos do Grupo de Pesquisa DomTec vinculado ao Centro de Excelência Dom Luciano José Cabral Duarte, o que tem possibilitado uma ampla visão para os alunos sobre as questões sociais e direitos humanos, promovendo uma interação com a visão social.