Este texto tem por objetivo refletir sobre as contribuições da teoria de Claude Dubar para a constituição da identidade docente, destacando os desafios e as possibilidades de emancipação identitária do professor. O estudo, de abordagem qualitativa, realiza um ensaio teórico discutindo os fundamentos e elementos que sustentam a teoria do referido autor, bem como as aproximações e contribuições ao campo da identidade docente, com suas características e especificidades próprias. Como resultados, conclui-se que a teoria de Dubar permite entender a identidade docente como expressão social, no sentido de ser constituída, sobretudo, a partir de um sistema complexo de determinações e de negociações identitárias entre o professor e os outros sujeitos presentes em seu cotidiano profissional. Há de se destacar ainda que, como parte de um sistema social mais amplo, a identidade docente é constantemente tipificada e formatada para atender a um determinado objetivo, quase sempre, representado em políticas de governo que, por fatores ideológicos e econômicos, modificam o rumo da formação de professores. Como possibilidade de superação desse cenário, é necessário que o professor mantenha-se crítico e ativo quanto à atribuição e à tipificação de identidades, para que não venha a repor uma mesma identidade e perca de vista seu processo de emancipação.