O presente trabalho debate diversidade sexual e de gênero na educação profissional e tecnológica através da discussão de resultados preliminares de uma pesquisa realizada no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Cefet-MG. Partindo das já conhecidas tendências de concentração por gênero de estudantes em determinados cursos, expressa na literatura como uma manifestação da divisão sexual do trabalho na formação profissional, procuramos identificar como os padrões cisheteronormativos também exercem influência nas escolhas e percepções daqueles que ingressam na EPT. Para tanto, foram realizadas entrevistas compreensivas com jovens que estudam ou estudaram na instituição, acerca de suas percepções antes do ingresso, durante sua permanência e, no caso de pessoas egressas, após a saída. A análise do corpus da pesquisa teve em vista identificar impressões sobre a presença da comunidade LGBTQIA+ de forma geral na instituição e especificamente em alguns cursos. Na seção de resultados, são exploradas as práticas de invisibilização e estigmatização dessa população no ambiente educacional, bem como as manifestações do heterocentrismo e do ciscentrismo que perpassam as vivências desses sujeitos durante suas trajetórias acadêmicas. São tecidas considerações sobre como tais pessoas são enfocadas pelas políticas institucionais e como os entrevistados observam a efetivação ou não das ações propostas e defendidas nas publicações oficiais. Por fim, são investigados também os movimentos de transgressão e estratégias de resistência desenvolvidos pelos discentes frente aos preconceitos identificados.