Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

CUIDADO NUTRICIONAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS DURANTE A QUIMIOTERAPIA SOB A ÓTICA DA EDUCAÇÃO LIBERTADORA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

A educação nutricional refere-se a estratégia de sensibilização dos conhecimentos acerca da alimentação, visando promover mudanças nos hábitos alimentares como práticas saudáveis e sustentáveis. Realizar essas atividades sob a perspectiva da educação libertadora permite a reflexão e transformação da necessidade de se (re)pensar as queixas, desmitificar tabus e crenças em torno do tratamento para permitir melhoria do prognóstico e adesão ao tratamento dietoterápico e oncológico. Nesse sentido, objetiva-se relatar a experiência de um nutricionista residente sobre as intervenções de educação em saúde como estratégia de cuidado nutricional sob a perspectiva da educação libertadora, no decorrer da quimioterapia com pacientes oncológicos. Trata-se de relato de experiência, que visa descrever a vivência de nutricionista residente, vinculado a um Programa de Residência Multiprofissional em Cancerologia, durante a sua atuação no setor da quimioterapia, no período vespertino, de setembro a novembro de 2022, em um centro especializado em oncologia no Ceará. As atividades contaram com a participação de 30 sujeitos em tratamento quimioterápico, as quais abordaram sobre o preparo do sacolé/geladinho artesanal com adição do Suplemento Nutricional (Oral) e do suco verde como forma de aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia, os quais, inclusive, foram distribuídos com os participantes das atividades. Assim, a utilização da educação libertadora propõe a emancipação e a autonomia do sujeito, nesse caso nas práticas alimentares, refletindo como essas estratégias podem fomentar o autoconhecimento no manejo dos efeitos colaterais, transformando-os pela ação consciente do sujeito. Conclui-se, portanto, que, ao propiciar momento de descontração e prazer ao se alimentar, contribuiu-se no processo de emancipação do sujeito para o desenvolvimento do (auto)cuidado. Desse modo, as ações de educação em saúde como prática libertadora possibilitaram o (re)encontro dos sujeitos com si próprios a partir das práticas alimentares, além do consumo de alimentos regionais como forma de valorizar seus hábitos alimentares.

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