No contexto da educação formal, a perspectiva inclusiva tem sido cada vez mais introduzida no Brasil, especialmente a partir do início dos anos 2000. Os Institutos Federais (IF), são parte da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e assumem o compromisso com a inclusão, conforme estabelecido pela Lei 11.892/2008, que propõe a geração e adaptação de soluções de acordo com as demandas sociais e regionais. Em relação ao público-alvo da educação especial (PAEE), no IF, é acompanhado pelo Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE). Considerando esse contexto, o estudo tem como objetivo analisar a percepção dos discentes em aspectos como a acessibilidade física e digital, o apoio pedagógico e a avaliação do processo de inclusão dentro do IFRN. Está apoiado em normativos que permeiam a temática como o Projeto Político Pedagógico do IFRN (2012), a Lei Brasileira de Inclusão (2015), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (2008) e a Portaria 1533/2012 que deu origem aos NAPNE nos campi do Rio Grande do Norte. Também são considerados estudos de autores como Mendes (2006) e Jannuzzi (2012) e Silva (2011). Dessa forma, o estudo caracteriza-se como qualitativo e exploratório, pois é conduzido a partir da fala dos sujeitos de pesquisa. Para isso, foram realizadas entrevistas com alunos que possuem matrícula ativa nos cursos oferecidos pelo IFRN, Campus Natal - Central. Para análise do material, foi utilizado a técnica de análise de dados denominada núcleos de significação (Aguiar; Ozella, 2006) para compreensão mais profunda dos relatos dentro do lócus do estudo. Assim, observa-se que o Planejamento Individual Especializado (PEI) e a presença de profissionais especializados contribuem para que a inclusão aconteça efetivamente nas atividades acadêmicas desses discentes. Contudo, a quantidade de profissionais disponíveis e a demanda de alunos não são correspondentes.