Através da ideia de racismo estrutural, afirmamos com base no Materialismo Histórico-dialético, que a população negra é afetada intensivamente pela crise estrutural do capital no Brasil. Essa população apresenta o maior índice de morte, pobreza, baixo acesso à educação, saúde, saneamento básico, entre outros. Desse modo, o racismo é compreendido como estruturante da sociabilidade capitalista, uma vez que a relação de opressão entre alguns indivíduos em detrimento de outros é uma condição intrínseca do capital, que tem os processos sociais de reprodução ligados aos processos educacionais. Diante desse contexto que produz e reproduz violências raciais, faz-se necessário debater sobre a importância dos processos de formação de professores serem estruturados por meio dos debates da educação antirracista. Por isso, este artigo tem como objetivo discutir uma perspectiva de educação antirracista e formação de educadores sob um viés marxista. Em contato com a literatura científica, percebeu-se que a formação do educador vai muito além da conclusão de um curso de graduação, o processo de formação é contínuo, ou seja, o término de uma graduação acaba sendo apenas o início do processo de formação. Parte desse processo depende de uma busca constante pelo saber crítico da prática pedagógica. Nesse sentido, a perspectiva de formações de educadores estruturadas sob um viés antirracista emerge como potente, principalmente quando se trata de formações que visam uma educação emancipatória, uma vez que o racismo é uma questão mundial que estrutura o sistema capitalista.