O artigo tem o objetivo analisar e discutir sobre o processo de iniciação científica de alunos do terceiro ano do ensino fundamental no Clube de Ciências da Universidade Federal do Pará, que ocorreu em uma atividade de investigação como prática de ensino sobre a vida aquática. As abordagens ativas de ensino e aprendizagem, como as práticas investigativas, tendem a gerar condições para que estudantes tenham uma melhor compreensão de uma situação problema, levantem hipóteses, interpretem suas respostas, comuniquem entre seus pares, assim como, utilizem diferentes estratégias para a realização e construção de conhecimentos. Dentro desse cenário, o Clube de Ciências da UFPA é um ambiente que promove a formação inicial de professores e a iniciação científica infantojuvenil, de modo simultâneo, com incentivo à investigação como prática de ensino. Nesse sentido, esta é uma pesquisa qualitativa, que busca analisar o fenômeno em profundidade, destacando aspectos que não podem ser quantificados. Além disso, assume-se a pesquisa narrativa para investir qualitativamente nas experiências, sentidos e concepções de uma professora estagiária. Os instrumentos utilizados foram: os diários de aula com interpretações singulares, os registros fotográficos e as construções dos estudantes. A experiência em análise, ocorreu na turma do terceiro ano do ensino fundamental, em meio a debates sobre vida aquática, em uma sequência de aulas investigativas sobre espécies amazônicas. No decorrer do processo investigativo, a iniciação científica infantojuvenil foi valorizada e desenvolvida com os estudantes, ao qual emergiram seus processos criativos e ativos na ação de aprender. Constatou-se que o desenvolvimento de estratégias didáticas diversificadas, o fomento à participação ativa dos educandos no processo de aprendizagem de conhecimentos científicos, sobre vida aquática, proporcionou novas ideias, informações e conhecimentos, proporcionando aos estudantes o movimento entre o conhecimento construído e a sua realidade de vida.