A temática da inclusão social tem sido objeto de considerável reflexão ao longo das décadas, refletindo o crescente reconhecimento da necessidade premente de criar oportunidades acessíveis e equitativas para todos os membros da sociedade. Este trabalho apresenta uma experiência realizada no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Campus Barreiros. A iniciativa em foco consistiu na elaboração de um jogo didático inclusivo destinado ao ensino de química, particularmente voltado para estudantes com deficiência visual e auditiva. O jogo abrange conteúdos referentes aos modelos atômicos, Tabela Periódica e ligações químicas, entre outros conceitos fundamentais da disciplina, adotando uma abordagem baseada na cultura maker e fazendo uso da tecnologia de impressão 3D para a produção de materiais didáticos adaptados. A cultura maker, derivada da filosofia "faça você mesmo" (DIY), propõe a criação de soluções customizadas e adaptáveis às necessidades individuais. No contexto educacional, essa abordagem tem-se revelado particularmente relevante para educadores e comunidades escolares. Com os avanços tecnológicos, a cultura maker emerge como uma estratégia pedagógica inovadora, visando aprimorar o processo de aprendizagem de alunos com necessidades especiais. Este estudo objetiva analisar a aplicação da cultura maker no ensino de Química, sob uma perspectiva inclusiva, investigando como tal abordagem pode contribuir para uma aprendizagem mais significativa e abrangente. Explora-se, ainda, como o uso de jogos didáticos pode tornar os conteúdos menos abstratos e mais acessíveis, ao mesmo tempo em que estimula habilidades como o pensamento crítico e a criatividade dos estudantes, fomentando, assim, a inclusão educacional em sua plenitude.