Este trabalho é a apresentação de um curso de formação continuada no CTUR – Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ministrado por duas docentes do curso de licenciatura em Educação Especial na mesma universidade. Essa formação justificou-se pela necessidade de diálogos sobre práticas pedagógicas inclusivas a partir das demandas urgentes com a inclusão escolar no contexto do colégio. A inclusão em todos os espaços vem para garantir os direitos sociais e promover a autonomia e a independência das pessoas com deficiência em todas as fases da vida. Nessa direção, a educação inclusiva como direito humano multiplicador de direitos vem ganhando força e tem se tornado alvo de grandes reflexões, debates e discussões no meio acadêmico. Tanto as Leis brasileiras n° 9394/96 e nº 13146/2015 quanto a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, estabelecida em 2008, têm o propósito de garantir uma educação inclusiva e equitativa para todos os alunos (BRASIL, 1996, 2008, 2015). Elas reconhecem a diversidade das necessidades educacionais e a importância de atender a uma ampla gama de características individuais. O curso foi estruturado com um encontro presencial sobre acessibilidade curricular, processos de avaliação e uma oficina sobre plano de ensino individualizado – PEI, na semana pedagógica da instituição. Foi criada uma sala de aula virtual para atividades assíncronas com leituras de textos, artigos, manuais, aulas públicas sobre a temática e filmes. As atividades assíncronas foram divididas em três temáticas, sendo elas: Ensino Colaborativo; Acessibilidade curricular, avaliação em Educação Especial; e Diálogos sobre PEI. Após quatro semanas, tivemos um encontro remoto síncrono para que os docentes apresentassem o PEI elaborado por disciplina e com base em um caso de ensino. A formação trouxe reflexões sobre a prática pedagógica inclusiva, além de estruturar um documento oficial para o PEI da instituição. Os professores puderam iniciar esse documento com a orientação das docentes da licenciatura e estabeleceram seus processos avaliativos de acordo com as demandas apresentadas pelos seus estudantes públicos da educação especial.