Este estudo investigou os sucessos e insucessos no ensino remoto e presencial na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) em Mossoró-RN, com foco nas disciplinas de cálculo para estudantes de engenharia. Utilizando uma abordagem quantitativa, a pesquisa analisou dados de turmas entre os semestres de 2018.1 e 2023.1, explorando a interação entre alunos e docentes, a adaptação ao ensino remoto durante a pandemia de COVID-19 e as taxas de insucesso após o retorno ao ensino presencial. O estudo revela que, embora o ensino remoto ofereça vantagens como flexibilidade de tempo e maior disponibilidade de recursos, ele também apresenta desafios significativos, como problemas de conexão à internet e dificuldades na interação professor-aluno. A transição para o ensino remoto emergencial durante a pandemia exigiu rápida adaptação e desenvolvimentos de habilidades digitais tanto de alunos quanto de professores. Os resultados indicam um aumento nas taxas de insucesso nas disciplinas de cálculo após o retorno ao ensino presencial, o que pode ser atribuído à forma de avaliação adotada e às dificuldades enfrentadas pelos alunos que cursaram cálculo durante o ensino remoto. Por exemplo, a taxa de insucesso em Cálculo I antes da pandemia era de 76,7%, caindo para 53,8% durante o ensino remoto, mas voltando a aumentar após o retorno ao presencial. A pesquisa destaca a importância de políticas inclusivas e suporte adequado aos estudantes para melhorar o ensino remoto e promover um estudo mais igualitário e acessível. A necessidade de uma abordagem equilibrada que considere tanto as vantagens do ensino remoto quanto as interações mais diretas do ensino presencial é fundamental para a melhoria contínua da educação em contextos de engenharia.