Nesta pesquisa investiga-se a utilização de metodologias ativas na formação de professores com foco no ensino de genética e biologia para o Ensino Médio. Para isso, recorreu-se a um estudo de revisão, do tipo “estado da questão”, com o objetivo de caracterizar na produção científica brasileira a abordagem do ensino de biologia, com ênfase em genética, utilizando metodologias ativas e suas interfaces com a formação docente. A pesquisa foi realizada no Portal Brasileiro de Publicações e Dados Científicos em Acesso Aberto, na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e no Google Acadêmico, no espaço temporal de dez anos. Foram usadas as palavras-chave: “metodologia ativa”, “genética”, “biologia”, “formação de professor”, combinadas de diferentes formas. Com a busca, selecionaram-se duas teses, quinze dissertações, três monografias e três artigos científicos, identificando a aplicação de metodologias ativas tanto na formação inicial, quanto continuada dos professores de Biologia. Para análise, identificaram-se informações das pesquisas sobre objetivo, público-alvo, modalidade da formação e metodologia ativa investigada. Com as interpretações, concluiu-se que, embora haja um crescente interesse na utilização de metodologias ativas para o ensino de genética, a maioria das pesquisas se concentra na formação inicial docente, com uma variedade de estratégias inovadoras (rotação por estações, sala de aula invertida, gamificação, aprendizagem baseada em equipes, ensino por investigação, stop motion, design thinking, cordéis, entre outros). Em contraste, as metodologias ativas em percursos de formação continuada, são menos investigadas, indicando a necessidade de ampliar conhecimentos sobre essas metodologias na perspectiva de professores que já atuam profissionalmente. Foi possível observar apenas uma pesquisa sobre sistema ABO e fator Rh, evidenciando a importância de investir em pesquisas e, por conseguinte, formações continuadas que contemplem esse tema, uma vez que é relevante conceitualmente e para contribuir socialmente na descaracterização de fake news, bem como favorecer campanhas de doação sanguínea.