O presente trabalho aborda práticas utilizadas na perspectiva de AT (Acompanhante Terapêutico) em alguns ambientes escolares da rede privada do Sertão Central.Com o aumento de informações sobre neurodivergência se torna indispensável um ambiente escolar acolhedor, inclusivo e com profissionais capacitados para trabalhar com as particularidades de seus alunos, o que ainda não é realidade devido o déficit de profissionais especialistas na área das neurodivergências no Sertão Central. A intervenção realizada consistia em momentos de conversa com professores da sala regular de forma sutil com base na Análise do Comportamento, uma vez que se percebeu dentro dos atendimentos escolares falas capacitistas e segregação por parte dos educadores, o que também gerava desconfortos em sala por outros alunos repetirem aquilo que era ouvido. Após o período de experiência dentro das escolas, foi observado uma melhoria na relação das crianças típicas com as atípicas na questão de convivência, uma vez que houve a psicoeducação com os alunos nos momentos de aulas e intervalos. Observou-se ainda que os professores seguiram com algumas resistências, notando-se o desinteresse pela busca por informação, seja pela falta de estímulo com o trabalho, zona de conforto e/ou construção social. É fundamental que se pense práticas mais inclusivas, pois é na escola que os primeiros laços sociais são formados. Esses laços são essenciais para o desenvolvimento pessoal e social dos alunos. No entanto, quando tais laços são fragilizados, torna-se um grande desafio estimulá-los de maneira eficaz. Ainda assim, é possível alcançar êxito nessa tarefa, desde que se adote uma abordagem cuidadosa e inclusiva que valorize e fortaleça essas conexões de forma precoce.