Um dos desafios enfrentados pelos educadores está em conquistar a atenção e o interesse do estudante ao mesmo tempo que aproximam os conteúdos abordados em sala de aula dos contextos do cotidiano. Envolver jogos na educação em saúde torna o aluno como centro do processo de aprendizagem, como expõe Jean Piaget na teoria “learning by doing". A experiência ativa direta desenvolve habilidades cognitivas como memória, atenção, resolução de problemas, pensamento crítico, colaboração e autonomia. Portanto, proporcionar oportunidades de brincadeiras adaptadas ao conteúdo escolar não apenas aumenta a compreensão, mas também influencia positivamente as atitudes individuais e coletivas em relação à saúde. Elucidar o uso de jogos como forma de otimizar e propagar o conhecimento em saúde. Revisão de literatura das bases de dados PuBMed e Lilacs de artigos originais dos anos de 2014 a 2024 em português e inglês através dos descritores “board games” e “health education”. Foram encontrados 245 artigos, dos quais 5 se enquadraram nos critérios do trabalho. Os estímulos proporcionados pelos desafios vão além da retenção de conhecimento. Eles preparam os alunos para atividades tanto dentro quanto fora do ambiente escolar, com o potencial de modificar seus comportamentos e aprimorar as práticas de saúde. Essa abordagem modifica o contexto educacional, ativando regiões cerebrais como o hipocampo, promovendo neuroplasticidade e memória declarativa. Estudos em educação em saúde demonstram um aumento no conhecimento sobre exposição, prevenção e transmissão de doenças, bem como mudanças de comportamento em relação à higiene, evidenciadas pela diminuição da prevalência e incidência de verminoses. A integração de jogos no contexto do ensino em saúde resulta em uma educação mais engajadora e eficaz, pois capacita os alunos a aplicar o conhecimento em seu cotidiano, além de melhorar as práticas de higiene, promover a compreensão do conteúdo e aperfeiçoar as habilidades cognitivas.