O presente artigo tem por objetivo analisar a importância da inclusão educacional na perspectiva do professor com deficiência, a partir do meu relato auto(biográfico), enquanto professora com deficiência física, usuária de cadeira de rodas, que atua na educação infantil de uma escola pública municipal de Fortaleza. O relato de experiência confronta com leituras e ideias que discutem a inclusão escolar (Mantoan, 2017) e da filosofia da diferença (Deleuze, 1988), bem como se ampara nos documentos legais, como a Lei Brasileira de Inclusão (Brasil, 2015). Ao correlacionar experiência e revisão bibliográfica, concluiu que, apesar dos avanços nas discussões sobre inclusão, tais discussões se restringem à inclusão do aluno. Portanto, os professores com deficiência ainda se deparam com barreiras atitudinais, arquitetônicas, urbanística e com o capacitismo, no ambiente institucional educacional. Professores com deficiência possuem especificidades, das quais os ambientes e a sociedade precisam se apropriar para que a inclusão seja efetiva. Dessa forma, presença de profissionais com deficiência, torna-se fundamental no processo de construção de uma sociedade anticapacitista, diversa e inclusiva, percebe-se que sua presença, pode ser um passo para romper com a ideia do que seria “normal”, e aproximando-se ao conceito de diferença.