A presente pesquisa tem por objetivo investigar as práticas colaborativas utilizadas por professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE) em escolas da rede pública de um município da região metropolitana de Fortaleza. O referencial teórico baseia-se na abordagem social dos direitos humanos para se pensar as práticas de inclusão escolar, com contribuições de autores como Mantoan (2009); Figueiredo, Poulin e Bonetti (2010); Bedaque (2014); Dantas e Gomes (2020), entre outros. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa do tipo estudo de caso (MINAYO, 2001). A construção dos dados foi realizada por meio de questionários aplicados a 10 professoras do AEE com questões fechadas e abertas sobre as ações de colaboração junto aos diferentes profissionais da escola. Os resultados revelaram estratégias de colaboração entre os profissionais, confrontados por desafios como: (i) elevado número de escolas e de estudantes atendidos pelo professor do AEE; (ii) escassez de tempo e espaço para diálogo; (iii) falta de clareza na definição dos papéis dos envolvidos; e (iv) a ausência de um articulador dentro da escola. Concluiu-se que, embora as professoras conseguissem implementar algumas práticas colaborativas, elas se deparavam com diversas barreiras estruturais e atitudinais, destacando a urgência de investimentos em formações da equipe escolar e a organização do tempo e espaço nas instituições, visando promover uma cultura colaborativa mais efetiva.