A presente pesquisa foi elaborada com base em um estudo sistemático, realizado no Curso de Especialização em Alfabetização e Multiletramentos. A problemática que rege este estudo está em: como os processos e as concepções da alfabetização influenciaram nas políticas públicas, e por consequência, na formação de professores? O foco desta pesquisa é observar, panoramicamente, como decorreu as políticas de alfabetização e letramento no Brasil e seus impactos na formação de professores. Este escrito tem por objetivo delinear um paralelo histórico sobre os principais desenvolvimentos da Política de Alfabetização de crianças, com recorte a partir de 1930 até o presente momento. Assim como, elucidar os impactos dos processos e concepções da alfabetização nas práticas pedagógicas dos educadores. Sendo esta uma pesquisa de abordagem qualitativa, apoiada sob a lente da teoria crítica, a metodologia escolhida foi a bibliográfica, tendo a aproximação teórica à luz dos autores como Lustosa (2024), Mortatti (2010) e Saviani (2021). No decorrer da história da escolarização de crianças, a começar dos anos 30, o processo de aquisição das letras era baseado na escolarização formal, mas as diretrizes sofreram modificações no que diz respeito às primeiras letras a partir dos novos estudos e concepções no campo da educação e da psicologia da aprendizagem e, consequentemente, afetaram as políticas públicas em relação à alfabetização de crianças no país. Atualmente, é sabido que a alfabetização é um processo multifacetado, ao qual envolve a aquisição pelo educando da leitura e da escrita, mas que estão além do processo de decodificação de letras. Portanto, é preciso que os educadores exerçam o seu papel enquanto cientista da sua área, para que saiba identificar os processos históricos-metodológicos ao entorno da alfabetização de crianças e como utilizar as informações contidas nas políticas públicas a favor da sua prática docente, visando promover a aprendizagem significativa dos educandos.