O Ensino de Geografia ainda hoje revela e reflete uma direção colonial, perpetuando uma visão eurocêntrica que consequentemente afeta a compreensão dos alunos ao olhar o mundo ou até mesmo a sua comunidade. Os currículos escolares por sua vez acabam priorizando a cultura europeia, deixando de lado culturas locais. Neste cenário, o ensino de geografia com práticas pedagógicas críticas ao eurocentrismo e que priorize os saberes da comunidade local é essencial. O presente estudo tem por objetivo geral relatar a experiência vivida durante o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, sobre como a criação de uma horta escolar pode contribuir para uma geografia decolonial, na Escola Senador Novaes Filho, localizada em Recife-PE. Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do curso de graduação em Geografia- Licenciatura da Universidade Federal de Pernambuco. A criação da horta escolar possibilitou a reflexão acerca de uma Educação Ambiental decolonial. Em suma, a horta escolar é uma estratégia bastante eficiente para promover um ensino de geografia decolonial, os alunos através da realização da atividade puderam explorar questões alimentares, socioeconômicas, políticas relacionadas a produção do alimento. Além disso, os alunos conseguiram valorizar e reconhecer a importância das práticas locais, divergindo assim de narrativas eurocêntricas.