O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado principalmente pelo comprometimento na comunicação e na interação social, com intensidade variável entre os indivíduos, é um transtorno do neurodesenvolvimento identificado na primeira infância. A rede municipal de ensino de Fortaleza, no ano 2021, ocupava o terceiro lugar no Brasil com o maior quantitativo de matrículas na educação inclusiva. Diante dessa expressiva presença de matrículas escolares, surge a necessidade de analisar a percepção dos professores sobre a sua prática pedagógica inclusiva. Considerando, nesse contexto, a teoria da autoeficácia desenvolvida por Albert Bandura, o qual propõe que a crença na eficácia pessoal seja um motivador primordial para o ser humano superar desafios e alcançar seus objetivos, pois sem essa certeza, não haveria estímulo para agir ou persistir diante de desafios. O objetivo do trabalho é analisar a percepção dos professores da rede básica de ensino fundamental I, através da Escala de Autoeficácia Geral Percebida - EAGP, no processo de inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Trata-se de uma pesquisa de método quantitativo, com delineamento exploratório e de caráter transversal, realizada em maio de 2024. Os professores responderam à EAGP, escala Likert de 10 pontos, adaptada à Versão Brasileira. O somatório dos pontos atribuídos aos itens da escala pode variar entre 10 e 40, mínimo e máximo, respectivamente. Pontuações elevadas indicam maior nível de autoeficácia. A coleta foi realizada através do “Google formulário”. Após análise dos dados descritivos, podemos observar que os intervalos de respostas ficaram entre 22 e 31 pontos, apresentando média 27,5, superior à da escala. O que demonstra boa percepção dos professores sobre sua prática escolar no processo de inclusão de crianças com TEA, sugerindo um maior engajamento docente, o que pode favorecer a construção de práticas pedagógicas inovadoras.