A ETNOSISTEMÁTICA E A ETNOBOTÂNICA NO ENSINO DE BIODIVERSIDADE
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Walsh (2017) defende que o estudo desses conhecimentos pode levar a uma mudança na organização epistêmica das ciências, possibilitando com que novas visões de mundo façam parte do conjunto do conhecimento científico. A etnosistemática ou etnotaxonomia tem como objetivo desvendar o modo como os povos tradicionais classificam e nomeiam a diversidade biológica (Posey, 1986), enquanto a etnobotânica tem como objetivo estudar a forma como os povos tradicionais se relacionam com as plantas. Nesta apresentação, o objetivo será discutir como pesquisas e estudos sobre etnobotânica e etnosistemática podem ser utilizados para desenvolver estratégias de ensino sobre biodiversidade e evolução na educação básica, principalmente a partir de três eixos principais: plantas com utilidade econômica; plantas utilizadas na alimentação; e plantas medicinais. A estratégia geral adotada para a utilização destes estudos sobre etnobotânica será a leitura e análise de trabalhos acadêmicos que trazem exemplos de pesquisas desenvolvidas nessa área, a partir dos quais serão estruturados estudos de casos a serem apresentados aos estudantes. Os estudos sobre etnosistemática serão utilizados com a mesma estratégia, com o objetivo de fazer os estudantes perceberem aspectos comuns entre o conhecimento dos povos tradicionais e o científico acerca desse tópico. Além de evolução e biodiversidade, espera-se que esta abordagem ajude os educandos a desenvolverem diferentes conteúdos, não só conceituais, como atitudinais, tais como como respeito a diferentes formas de conhecimento e visões de mundo, superação de visões equivocadas sobre os povos tradicionais, e compreensão sobre aspectos da natureza e história da ciência." 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