Este estudo analisa os desafios e as perspectivas do ensino de Filosofia frente à Reforma do Novo Ensino Médio estabelecida pela Lei 13.415/2017. A pesquisa realiza uma análise histórico-crítica da trajetória do ensino filosófico no Brasil, evidenciando como a reforma promove uma reconfiguração curricular que pode prejudicar a oferta e os efeitos da disciplina no âmbito da Educação Básica. Fundamentado na revisão teórica de autores como Favaretto (2013), Ferreira (2017), Soares (2012) e Costa e Subtil (2016), o estudo adota uma abordagem metodológica qualitativa para examinar os impactos da reforma sobre a Filosofia. Os principais resultados mostram que a reforma, ao priorizar competências e habilidades específicas, tem exacerbado os desafios enfrentados pelos professores e alunos, especialmente nas escolas públicas. A análise revela que a reforma pode estar impulsionada por interesses de mercado e benefícios para grupos privatistas, reforçando a fragmentação e a dualidade históricas da educação. A Lei desconsidera a historicidade da Filosofia e a sua importância no currículo, deixando a disciplina vulnerável à sua diluição em abordagens gerais dos itinerários formativos. Além disso, a reforma não aborda questões estruturais cruciais, como a valorização profissional dos educadores e a infraestrutura das escolas públicas, que são fundamentais para a qualidade da educação. Em suma, a pesquisa destaca que a reforma pode perpetuar desigualdades educacionais e comprometer a efetiva inclusão e valorização da Filosofia no ensino médio.