A natureza epistemológica da ciência e seu papel no ensino de ciências vêm sendo muito discutidas pelos pesquisadores das áreas de ensino de ciências, em especial, promovendo uma série de mudanças e alterações na educação escolar e reformulações dos parâmetros curriculares. Tal natureza também discute a necessidade de pensar essa problemática a partir alfabetização cientifica que não seja apenas eurocentrada e que se proponha a ser antirracista. Os estudos da natureza da ciência e seus desenvolvimentos, as mudanças do ethos das ciências e sua correspondente renovação no ensino de ciências não pode se abster de pensar essa perspectiva a partir de uma etnoreferencia que promova a valorização e a inclusão das contribuições de cientistas negres (as/os) no ambiente educacional tecno-cientifico. A reflexão filosófica promovida por uma filosofia da educação antiracista relacionada ao pensamento epistemológico critico da filosofia das ciências vem apresentando a importância da contribuição dos (as/es) pensadores negres refletindo criticamente sobre a colonialidade epistêmica na EPT, como Lélia Gonzales, por exemplo ao interligar racismo, colonialismo, imperialismo e seus efeitos na produção do conhecimento tecno-científico. Por isso, a presente pesquisa filosófica é resultado de uma triangulação metodológica de cunho qualitativo e exploratório envolvendo um estudo de caso sobre os projetos voltado para letramento racial e alfabetização científica antiracista no IFRN Campus Mossoró que são ligados ao NEABI pesquisa documental e o estado do conhecimento sobre os fundamentos das visões epistêmica da alfabetização cientifica relacionada a Educação Profissional Tecnológica Antirracista (EPTA) e a Educação Científica para as Relações Étnicos Raciais (ECRER), produzindo uma Educação Para as Relações Étnicos Raciais própria da Educação Profissional Tecnológica (ERER/EPT): uma valorização e a inclusão das contribuições de cientistas negres (as/os) no ambiente educacional tecno-cientifico