Nas décadas de 70 e 80 surgem com a necessidade de mudanças, movimentos “renovadores” na Educação Física, que até então tinha passado por abordagens militarista e médico higienista. E concomitantemente a prática pedagógica do profissional de Educação Física vem sendo discutida ao longo do tempo por profissionais e estudiosos da área. Diante desse contexto, nos foi impelido o anseio de observar a atuação do professor de Educação Física Escolar em seu campo profissional. Ponderando e analisando de forma crítica se verdadeiramente existem mudanças na sua atuação profissional na Educação Física Escolar, não apenas no que tange aos “novos” conhecimentos apreendidos pelo mesmo, mas também, como essas “novas” diretrizes do ensino estão sendo empregadas nas aulas. Este estudo foi realizado em uma escola municipal de ensino fundamental I da cidade de Campina Grande – PB, a partir da observação da atuação do professor em sala de aula e, posteriormente este professor foi arguido sobre suas metodologias e práticas empregadas em sala de aula através de uma entrevista semiestruturada. Este estudo parte do pressuposto que propostas pedagógicas bem elaboradas propiciam um ensino de qualidade, visto que a pedagogia é, pois, a reflexão e teoria da educação capaz de dar conta da complexidade, globalidade e, especificidade de determinada prática social que é a educação (SOUZA, 1987). Do mesmo modo que a Educação Física Escolar vem buscando acompanhar as transformações e/ou transições metodológicas ao longo da sua história, através deste estudo analisamos criticamente esta mudança através de um estudo de campo. Com o qual concluímos que a valorização tão cobrada só acontecerá quando os próprios profissionais na sua atuação mostrar a real importância da Educação Física Escolar, e buscar desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal, jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esportes e outros, que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criados e culturalmente desenvolvidas.