O envelhecimento populacional é um fenômeno que vem ao longo do tempo crescendo, diante pouca a taxa de natalidade e também de mortalidade. Atrelado as esses fatores o envelhecimento vem carregado de um sistema de impossibilidades e déficits para o idoso no campo fisiológico, cognitivo, psicológico e também sexual. Porém, esses não são fatores de impossibilidade para que o idoso continue tendo uma vida ativa fisicamente, mentalmente e principalmente sexualmente. A sexualidade, desde épocas remotas é abarcada por tabus, crenças, preconceitos que acabam diminuindo o seu real significado e papel na vida das pessoas, principalmente ao que tange a população idosa. Atrelado a isso, evidencia-se uma visão de que a classe idosa é uma classe de seres assexuados, que não mais sentem prazer, que não mais praticam o ato sexual. Com isso buscou-se nesse estudo analisar a auto avaliação da sexualidade de idosas praticantes de atividade física participantes do Projeto FINATI (Faculdade Integrada da Terceira Idade) na Faculdade AGES em Paripiranga – BA. Para tal, comungou-se de uma pesquisa de campo com estudo quantitativo e qualitativo, exploratório e descritivo, com coleta de dados a partir de um questionário fechado acerca da qualidade sexual, o questionário de 7 questões foi desenvolvido pelo LAGESC (Laboratório de Gênero, Sexualidade e Corporeidade LAGESC/ UDESC). Diante a análise dos questionários nota-se que a população apresenta uma média de idade 64,78 anos com DP de ± 6,03, todas elas praticantes ativas de atividades física no Projeto FINATI. Evidencia-se que atualmente as idosas consideram-se insatisfeitas corroborando com 50% das participantes da pesquisa, porém esse fato, deve-se a essas serem viúvas e não terem parceiro sexual fixo atualmente, atrelado a isso vem a grande insatisfação sexual das idosas em relação a uma vida sexual ativa atualmente sendo apontada essa insatisfação por 35.71% (5 idosas). Com vistas a todos esses fatores elencados observa-se uma grande diminuição da frequência sexual semanal de quando jovens, declinando de uma média de 5, 21 vezes por semana para 2,88 vezes por semana agora quando idosas. Quando salientado o nível de importância que o sexo atualmente apresenta na vida das idosas fica perceptível que há discrepância quando aos valores numéricos (quando jovens 42,85% e quando idosas 28,57) mas ambos resultado indicam um nível de muita importância do sexo na vida das mesmas. Dessa maneira conclui-se que a visão da sociedade de que o idoso é assexuado é totalmente errônea, pois o mesmo atribui valor e ênfase a sexualidade, importância a sua satisfação na vida sexual, e são esses fatores que necessitam ser enfatizados, percebidos e receber a devida ênfase na sociedade, haja visto a grande quantidade de DST, e a nova sociedade idosa que se instala.