O Sistema Educacional do Brasil passa por um momento de grande modificação influenciado por uma intensa luta pelos direitos dos grupos minoritários até então excluídos e marginalizados de nossa sociedade, que está sendo intitulado de Inclusão Social. Considerando a Educação o berço construtivo de uma sociedade moderna, não podemos distanciar esse processo da realidade educacional que, em seu âmbito de atuação, é denominado Inclusão Educacional, cujo objetivo principal é construir uma escola acessível e democrática, na qual sejam atendidas as necessidades educacionais específicas de todos os alunos, sem exceção, respeitando a idade cognitiva, a cultura e o contexto social de cada indivíduo. Em vista disso, o presente trabalho delimita a pretensão de avaliar a Educação Inclusiva, voltada preferencialmente à inclusão da criança e do adolescente autista, e às possibilidades que a Educação Física pode fornecer nesse processo de inclusão. O Autismo, enquadrado nos Transtornos Globais do Desenvolvimento – TGD possui o fator sociabilidade como ponto crucial do desenvolvimento de crianças e adolescentes emoldurados no espectro do autismo, sendo esta a grande dificuldade no processo da inclusão educacional destes. Desta forma, tratamos de relacionar esses fatos diante da realidade da educação, alcançando uma reflexão sobre a inclusão escolar do autista, assim como as possibilidades e dificuldades da mesma. Para tal foi feita uma análise bibliográfica para observar o histórico da educação inclusiva e a influência da Educação Física como fonte de subsídios para um desenvolvimento psicomotor, assim como as possibilidades de inclusão e as suas reais dificuldades, para ser, construída com base teórica, uma coleta de dados desse processo educacional. Concluindo a pesquisa bibliográfica entende-se que a escola e o professor têm papel fundamental no processo educacional da vida de qualquer pessoa e, em se tratando de crianças e adolescentes autistas, isso não é diferente. O fato é que se faz necessário uma ótica distinta, um nível de atenção essencialmente maior que com outras crianças, mas que, fazendo uso de métodos adequados e elaborados estrategicamente, é possível proporcionar um desenvolvimento de capacidades físicas e cognitivas dentro do procedimento de estimulação da interação social e autonomia das mesmas.