As argilas podem ser usadas como adsorventes em processos de clareamento na indústria têxtil e de alimentos, em processos de remediação de solos, como descorantes em óleos vegetais e em camadas de base e cobertura de aterros sanitários. O interesse em seu uso está relacionado principalmente à busca por materiais que não agridam o meio ambiente quando des¬cartados, à abundância das reservas mundiais e ao seu baixo custo. O óleo vegetal residencial quando usado perde seus nutrientes, sua aparência escurece, fica mais viscoso e com odor desagradável. Por não se misturar com a água, a presença desses óleos nos rios cria uma barreira que dificulta a entrada de luz e oxigenação, comprometendo a base da cadeia alimentar aquática, além de contribuir para a ocorrência de enchentes. A reciclagem desse óleo vegetal pode contribuir para reduzir o descarte descontrolado e ambientalmente perigoso. Contudo, o emprego deste óleo na produção de biodiesel requer um tratamento prévio à reação de transesterificação, que compreende a retirada de partículas sólidas contaminantes e a adequação da cor e odor. Esta pesquisa teve o propósito de estudar uma argila de nome comercial Tonsil avaliando sua potencialidade no tratamento de óleos vegetais residenciais pós-consumo para produção de biocombustível. Foram analisadas e comparadas à viscosidade e o teor de acidez dos óleos vegetais virgem, pós-consumo sem tratamento e pós-consumo tratado com a argila. De acordo com os resultados obtidos, o óleo tratado com a argila apresentou resultados satisfatórios para uma posterior utilização como biocombustível.