A prática de atividade física pelo público feminino vem crescendo de décadas atrás aos tempos atuais. Antigamente, tinha-se o tabu de que mulheres não podiam praticar esportes de alta intensidade, pois algumas modalidades requerem bastante do físico do atleta, muitas vezes, tornando os músculos mais salientes, mas com o passar do tempo perdeu-se o conceito de que mulher com músculos mais visíveis é sinônimo de masculinidade. O esporte de alto rendimento requer muito do organismo do atleta. Normalmente, ser atleta não é sinônimo de saúde, e com as mulheres não seriam diferentes. Foi relatado que 44% das mulheres atletas têm amenorréia em alguma época de suas vidas. Amenorréia é a ausência de menstruação no período que deveria acontecer. Mulheres que não menstruam no mínimo há 3 ciclos consecutivos possui amenorréia secundária, e meninas que não iniciaram o período de menstruação até os 15-16 anos possui amenorréia primária. O objetivo da pesquisa é investigar se há alterações menstruais em atletas de ginástica e fisiculturismo. A pesquisa foi realizada com 30 atletas no total, sendo 15 de Fisiculturismo e Fitness e 15 Ginastas Desportivas com faixa etária entre 12 a 30 anos, do sexo feminino e residente do Estado do Ceará. Estes apresentaram, respectivamente, uma média de idade de 20,4 e 12,6 com desvio padrão de ±3,9 anos; uma média de peso de 56,9kg e 34,2kg com desvio padrão de ±11,35 e, uma média de estatura de 159,8 cm e 140,7 cm com desvio padrão de ±9,55. Existem alterações no ciclo menstrual das atletas de Ginástica Desportiva, de Fisiculturismo e de Fitness. A maioria das atletas de Fisiculturismo e Fitness mostraram a presença de amenorréia secundária em alguma época de suas vidas. Em contrapartida, as Ginastas apresentaram amenorréia primária e secundária. Um questionário foi adotado como forma de levantamento de informações a respeito da amenorréia. Com o objetivo de verificar uma possível presença de amenorréia primária ou secundária, foram realizadas medidas antropométricas para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Além disso, foi aplicado um questionário com o objetivo de avaliar a presença de disfunções menstruais e rotinas de treinamento. Portanto, é notório a prevalência de amenorréia em Ginastas, Fisiculturistas e Fitness. O que comprova essa afirmação é o fato de todas as participantes do estudo possuírem disfunção menstrual e serem identificadas com amenorréia primária, secundária ou ambas.