As populações de rua são visíveis em Brasil e no mundo, mas as singularidades de aquelas pessoas são multivariados, multifatoriais e não visíveis no geral da sociedade. O seguinte relato de experiência tem como objetivos descrever e orientar ações de intervenção entre uma população excluída, pobre e sem teto e as pessoas ligadas à Gerontologia Social, Saúde Mental e outras áreas. O estudo é qualitativo, de caráter descritivo e foi feito pela ação participativa da coordenadora de um grupo de voluntários que faziam trabalho direto e ativo com pessoas adultas e idosos moradores da rua em Chile. As intervenções foram feitas durante março do ano 2015 até fevereiro do ano 2017, mediante a convivência com pessoas acima de 45 anos, dos quais frequentavam um albergue fixo ou eram visitados nas “Rotas de Rua” na capital. A contextualização geral da população objetivo foi aproximadamente 62 pessoas, atendidos durante quase dois anos; a média de idade oscilou de 60 para 65 anos; a maioria foram homens e a permanência de aqueles que moravam no albergue e nos “pontos” da “Rota de Rua” foi mais bem fixa no primer ano e mudou no segundo período de intervenção pelas causas de: morte, doenças, problemas judiciais, desistência da ajuda e perda de contato. Não excetas de dificuldades, as contribuições experienciais e teóricas deste trabalho pretendem auxiliar ao conhecimento de uma população cada dia mais abrangente e complexa e com propostas de intervenção baseadas na formação de relações solidarias, bons tratos e dignidade.